Caminhada após a Z3 em Pelotas

Recentemente descobri um roteiro para uma caminhada que me pareceu muito interessante, a proposta é sair de São Lourenço do Sul e chegar na colônia de pescadores Z3 em Pelotas, ao total é uma caminhada de 50 km. Este percurso acompanha a beira da lagoa dos patos por todo o seu trajeto.

Após pesquisar muito na internet não consegui achar nenhuma informação relevante que pudesse me ajudar a identificar a dificuldade do trajeto, as únicas informações que localizei foram fotos no panoramio do pessoal que vai de barco para aquela região, também descobri que a “Cavalgada Cultural da Costa Doce” que é realizada anualmente, percorre aquela região.

Devido a falta de informações eu decidi aproveitar o feriado do dia 2 de novembro para ir a Z3 fazer o reconhecimento do trajeto.

Para realizar a caminhada estudei bem as imagens disponibilizadas no Google Earth, as elas estão bem nítidas e me permitiram identificar que no trajeto tem inúmeros rios e trechos que não tem faixa de areia para caminhar, obrigando algumas vezes passar pelo banhado ou entre os juncos.

Minha maior preocupação é com relação a profundidade dos rios que desembocam na lagoa, pois as imagens do Google Earth mostram que tem muitos rios, incluindo alguns que são bem largos que ficam próximos a ilha da feitoria.

Nós começamos a caminhada as 11 horas da manhã, após conseguirmos achar a saída que dá acesso à praia na Z3, para quem não conhece é complicado achar o acesso a praia, pois fica bem escondido. O mapa do GPS não mostrava essa informação. Para os felizes usuários dos mapas desenvolvidos pelo projeto TrackSource eu já consertei isso e agora não será mais problema.

O inicio da caminha é tranquilo tem uma boa faixa de terra para se caminhar. A areia é um pouco fofa, mas nada que dificulte muito a caminhada. Como a região é utilizada pelas fazendas, na faixa de terra tem cercas que entram lagoa a dentro para que o gado não consiga passar. A seguir tem algumas fotos dessas cercas que também servem de descanso para os pássaros, principalmente os biguás.

Até o quilometro 4,7 a caminhada não foi difícil, sempre tinha uma faixa de areia ou uma parte de capim para caminhar, a partir deste ponto encontramos o primeiro rio, foi necessário tirar os tênis e botar o pé na água, a profundidade é pequena, não passa da coxa, mas perdesse muito tempo tirando e recolocando os tênis.

Um pouco mais adiante nós encontramos o primeiro trecho que ficamos sem terra ou trilhas para caminhar, nesse momento complicou um pouco a caminhada pois nos obrigamos a caminhar por entre os juncos, esses trechos de junco costuma ser sempre curtos, alternando trecho de gramado, e uns poucos trechos de banhado.

Nos trechos de banhado a caminhada complica bastante, quando se pisa o pé afunda até cobrir metade do pé, como eu estava com as minhas botas de trekking, não chegou a ser um grande problema, mas as gurias que estavam de tênis, já estavam preocupadas. Esse trecho de banhado foi curto no trecho que caminhei, mas ele se torna comum mais adiante, onde eu não cheguei a ir, por isso é importante pegar uma época de seca para se aventurar naquela região, pois é provável que os mais desavisados fiquem atolados por lá.

Alem do banhado passamos por uns tufos de grama que ficavam sobre o banhado, que permitia passar sem precisar molhar os pés, mas era preciso cuidado para não cair e acabar tomando um banho, a seguir tem umas fotos do local.

Nessa caminhada conseguimos avançar 6,5 km, nesse percurso passamos por 3 rios e um trecho de banhado que demonstrou ser pior de caminhar que dentro da água. O tempo total de caminhada foi de 6 horas, começamos a caminhada as 11 hs e terminamos as 17 hs, sendo que não fizemos muitas paradas, a maior perde de tempo foi ao cruzar os rios que nos obrigava ter que secar os pés para calcar os tênis novamente.

O trajeto que realizamos está abaixo e o tracklog completo da caminhada está na área de arquivos do site.

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A seguir tem as fotos que tirei durante a caminhada e o álbum completo com as fotos estão disponíveis no picasa

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